Sonho de Verão

Em primeiro lugar queria dar parabéns a todos os atletas que se dispuseram a enfrentar esse grande desafio, sol, calor, treinamento exaustivo, contusões e acima de tudo Cuba. Sei o quanto é difícil enfrentá-los e por isso sei o quanto vale o esforço.

Um sonho, poderíamos definir este classificatório. Uma chance de buscar uma vaga no Pan de Guadalajara 2011, e pela primeira vez nos classificarmos pelas nossas próprias pernas.

Infelizmente não deu (no placar agregado um total de 24 a 3), os atletas brigaram buscaram, todavia ainda existe uma grande diferença principalmente nos aspectos técnicos e táticos. Cuba com sua base experiente, controlou as ações e mostrou porque já foi campeã da Copa Panamericana e sempre briga pelas primeiras posições. Infelizmente só pude ver o jogo da quinta, onde tive uma verdadeira aula de jogo "simples" e objetivo, poucos dribles, boas tramas de bola, entrosamento e acima de tudo inquestionável competência na hora de definir.

Enquanto isso na tribuna de honra na Vila Militar
Fidel: " Viu companheiro que balaço!" (Falando de um dos gols)
Lula: "O companheiro Fidel, aqui não pode essas coisas de execução, não."
(Tá bom sei que foi péssima a piada)

Falando em definição só que em outro sentido ouvi uma fantástica sobre a seleção cubana, "Cuba é o São Paulo do hóquei", dita pelo Carlos do Copacabana Waves ou Rio Hóquei (se errei o nome dele ou do time me avise), devido a forma de jogos "pragmática" e eficaz que o time da ilha de Fidel apresentava.

Sobre a nossa seleção, deu para destacar o esforço e a vontade de fazer diferente, sei que faltaram muitos atletas, que poderiam melhorar a situação. Apesar da minha opinião ainda não seria o suficiente. Mas, precisamos urgentemente arranjar uma maneira de conseguir os melhores tecnicamente para alçarmos maiores voos. Como tentativa de mudar este fato a CBHG, apresentou o planejamento para o ano de 2011 das nossas seleções.

Dentre elas a medida de um responsável pelo treinamento nos estados do Rio, São Paulo e Santa Catarina, pode ser válido, só penso e acredito que deveria haver um maior cuidado com os nomes indicados. Pois corre-se o risco de torna-se um tiro no pé, sei que estou conversando sobre isso com muitas pessoas e digo com certeza não agradou muita gente. Nessas horas a importância vem dos interesses dos atletas, dos clubes e por último da confederação (das pessoas que a compõe e não da instituição).  Lembram do triângulo invertido de grau de importância, onde os atletas são os mais importantes, por favor não se esqueçam disso em detrimento de outros interesses.

Outra parte interessante diz respeito as viagens programadas, muito boas por sinal. Mas, temos dinheiro para isso? Sei que a verba deste ano são de 1,3 milhões de reais, mas ao conversar com Querejeta pai (membro da PAHF), o mesmo me disse que o problema é a falta de verba, será? Em quem acreditar? É isso que mais faz questionar, quando os discursos não batem, ai sou obrigado a ser chato.

Sei que estas viagens são fundamentais para o crescimento e torço muito para que aconteçam, sobre elas mais um porém. Ao conversar com o Pit do Floripa, ele me alertou sobre uma fato interessante. Serão no total 71 dias de treinamento, viagens e torneios. Os atletas terão toda essa disponibilidade? Vamos esperar para ver.

P.S.: Os gols do Brasil foram marcados por Rafael Mendonça (Deodoro/CSSVM), por Bruno Sousa (Casa de Macau) e por Daniel Alves, o Kaká (Floripa).

Tchau e lembrem-se Fidel aprova este post..hehe