"NADA deve parecer natural. NADA deve parecer IMPOSSÍVEL DE MUDAR." Bertolt Brecht

"NADA deve parecer natural. NADA deve parecer IMPOSSÍVEL DE MUDAR." Bertolt Brecht

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mais um final de semana, muito feio para história do hóquei. Resultado Final

Depois, de muito questionar coloco aqui a classificação final do Campeonato Brasileiro de Hóquei sobre Grama 2010.

Antes de mais, nada gostaria de parabenizar a todos participantes desta edição sendo eles brasileiros ou não, tendo ou não vínculos com o país.

Bom não me perguntem pelos resultados e comentários dos jogos não estou com paciência, para comenta-los diante do ocorrido, o que é verdadeiramente uma pena. Pois, nenhum dos jogos decisivos do domingo tiveram margem superior a 2 gols, o que tornou tudo muito emocionante.

Masculino:
1- Florianópolis
2- Carioca
3- Desterro
4- Macau
5- Germânia
6- Deodoro
7- Matias

Feminino:
1- Desterro
2- Florianópolis
3- Macau
4- Carioca
5- Mathias
6- Deodoro

Lembrando que os atletas das equipes que ficaram entre as três primeiras colocadas, tem direito de encaminhar o pedido para o bolsa-atleta nacional, mas querem saber a verdade que se dane o bolsa-atleta isso não é um assunto relevante.


Destaques:


1- Em primeiríssimo lugar só porque pediu (hahahahha), Marina Paixão, além de ser uma ótima frasista vide um dos títulos das postagens do blog. 


2- A equipe de Casa de Macau, que mostrou o crescimento não só dentro de campo com seus times de ambos os gêneros. Mas, pela sua postura fora ao chamar um debate extremamente pertinente e que precisa e muito ser debatido.


3- Ao Floripa pela postura frente a conduta inadequada de alguns, mantendo sua história de luta frente aos problemas do nosso desporto, me sinto refletido nos ideais de vocês.  Um parabéns em especial ao Lua finalmente eleito o melhor jogador.  Mas, saiba que pelo menos por mim sempre haverá este reconhecimento.


4- Ao Deodoro por mostrar, mesmo com muitas limitações impostas. O que é um trabalho de fomentação e renovação do desporto. Um prazer fazer parte deste movimento.


5- Ao Matias pela busca de desenvolvimento , dentro do campo.


6- Ao Du Negão de Macau que entrou aqui pelo sistema de cotas hahhah, zoeira, não levem a mal ele vai entender e este comentário não tem caráter ofensivo, o destaque vem pela artilharia e não custa nada lembrar que mesmo artilheiro é um excelente zagueiro.


7- Agora vou falar do que entendo mais, dos goleiros: em primeiro lugar ao Pedro Pomar (Gringo) do Floripa, afinal fez um gol de muita classe na partida como o Matias, e praticou defesas providenciais na final contra ao Carioca, falando em defesas providencias outro que se destacou foi Daniel Tatára ( é Daniel mesmo?) do Desterro, sendo fundamental para conquista do terceiro lugar de sua equipe. 


Um abraço e espero ter motivos mais amenos numa próxima postagem.


P.S.: Espero que está reunião seja a primeira de muitas, e que os clubes se unam em busca do melhor futuro para o hóquei e não de individualidades.

"Valeu, mas o campeonato é brasileiro"

Com diriam alguns isso é a globalização, e seguindo a idiossincrasias deste mundo global. Sei que global e globalização numa mesma frase me tornam redundante e isto afeta a qualidade do meu texto, mas se os erros do hóquei também são reduntantes e as figurinhas se repetem, me dei este direito quase uma licença poética diria.

Voltando as idiossincrasias do mundo global, nunca pensei que um dia iria ter que me preocupar com uma verdadeira legião estrangeira, achava que só veria em situações de guerra, filmes do Van Dame ou nos desenhos do Pica-Pau. Mas, desde que o mundo é mundo ele nos surpreende e nem sempre a surpresa é boa, vide gregos e troianos. E mais uma vez fui apanhado de calças curtas diriam alguns.

Noves fora a mudança de datas, para inscrição de atletas no nosso campeonato. Caracterizando uma clara e manifesta alteração do regulamento, e com isso tornando todo o trabalho que vinha sendo feito de forma irrepreensível, em um campeonato débil* e passível de anulação. O fato que gerou maior comoção foi a discussão acerca da inclusão de atletas estrangeiros, o quanto é válido e de que forma deve ser feita. Afinal o que vocês acham de roer o osso dias e  dias debaixo de sol e chuva, para no dia do prato principal lhe sobrar migalhas, ou seja, poucos minutos em campo, para que alguém com pouca ou nenhuma relação com seu time e país fique na sua vaga na justificativa pífia de melhorar a equipe?!?

Dúvida


Juntando os pontos em relação a outras conversas com pessoas do hóquei ligadas ou não a nossa Confederação, criei alguns raciocínios: se a função da Confederação é de divulgar a o desporto, organizar os campeonatos, e as seleções. Cabendo aos clubes o papel formativo de atletas, sob a chancela das federações estaduais. Não estaremos impedindo ou diminuindo o nosso crescimento, com a utilização de estrangeiros, principalmente para jogos num único final de semana, pois estes estarão "tomando" o espaço de nossos jogadores mais jovens? Pois, como disse anteriormente, se os clubes tem o papel de formação e fomento de nosso desporto, qual seria a contribuição destes estrangeiros?

E um segundo raciocínio, seguindo a postura da CBHG frente a organização de nossas seleções, o que passa diretamente sobre a formação de nosso corpo técnico (treinadores, preparadores físicos, etc), e sabedor da nova postura da nossa Confederação em respeito a estes cargos.  Esta postura diz respeito a nacionalização deste corpo técnico ao que indica num futuro próximo, ou seja, técnicos e auxiliares brasileiros. Mesmo não concordando é uma postura e uma decisão que só cabe a eles seguirem, o que é bastante louvável.

Mas, neste momento criou-se um paradoxo, que deixou minha mente em parafuso. Bom se a postura da CBHG é a nacionalização do corpo técnico, como me explicam, que os 2 clubes mais envolvidos nesta polêmica dos estrangeiros tenham como representantes, dois membros da CBHG. A nacionalização é só do corpo técnico?!? A nacionalização dos jogadores correm em caminhos opostos?!? Ou o discurso na CBHG é um e nos clubes e diametralmente oposto?!?

Deixa ver se entendi, a postura é a valorização da mão de obra nacional no corpo técnico, e desvalorização dos jogadores nacionais em seus campeonatos?!? Sei não, mas acho que o caminho está errado. No entanto, mais uma vez eu é que devo estar errado.

P.S.: Sei que alguns raciocínios, podem estar baseados em pensamentos individuais, mas os tomei como paramêtros, pelos menos para mim.

*1. Fraco (por perda de forças).
2. Frouxo.
3. Pouco perceptível!.
4. Insignificante.
5. Fig. Que cede sempre; que não opõe suficiente resistência.
Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.


"Hoje me impus um vício ordinário".

Os sons das cornetas rompem o silêncio, o que já foi descrito anteriormente neste blog como um clima aprazível e bucólico perde completamente o sentido. Infelizmente o clima de "batalha e enfrentamento" saem da esfera desportiva (do campo), local de onde nunca deveriam sair. 

E tomam conta da do público presente, o que torna o clima antes festivo e convidativo para um programa familiar de outrora, apenas em uma sombra da esperança de novos tempos, que se um dia se anunciaram não passou de uma mera ilusão. Tal como anseios juvenis e coisas do gênero como o menino ou menina que se apaixonou e acreditou que aquele amor (idéias) lhe seria correspondido, ao ver que aquilo que imaginou não corresponde a realidade abre-se a ferida que pouco a pouco se cura, mas ao mais leve toque volta a incomodar. Não existem palavras para tais sentimentos, mas as vezes é assim que me sinto com diante do hóquei brasileiro.

Quando imagino voos mais altos do nosso desporto, logo sou puxado bruscamente a realidade que nos aflige, e tal como um amor platônico, me vejo mais uma vez com aquela frustração tão peculiar. Onde iremos chegar?!? Onde queremos chegar?!? Agora mais uma vez percebo que quase sempre perco tempo em ficar pensando nisso, mas fazer o que, abandonar?!? Me conheço muito bem e sei que amanhã ou depois estarei (não só eu, existem muitos outros que fazem muito mais, e se já doi em mim nem imagino neles) lá tentado, acertando e errando muitos mais, encarnando assim o papel do último romântico aquele que tenta, tenta e tenta, dando praticamente murros em ponta de faca . Todavia, ao menor sinal já volta a sonhar e buscar as coisas, estranhas ao mundo em seu redor e na esperança de que um dia quem sabe, ver que tudo passado valeu a pena e chegar um pouco mais perto de sua utopia.


Cadê o fomento?!? Gritarei não só eu e muitas outras vozes e pode retrucar, espernear fazer o que for, no meu caso não devo nada a ninguém, e se o grito da arquibancada incomoda, me desculpe, quer dizer me desculpo coisa nenhuma é minha opinião e aqui na minha terra quando isso acontece costumamos perguntar, se ofendeu porque? A carapuça serviu?!? Não sei acho que nunca terei uma resposta concreta, retaliação?!? Não temo, não tenho nada pra ser retaliado, pois minha vida independe disso. Mesmo dependente de forma afetiva, mas vá lá é a vida talvez eu seja um tolo e tenha uma mente realmente muito estranha e fora da realidade.

E como diz a poesia adaptada abaixo "hoje me impus um vício ordinário".

ÚLTIMO ROMÂNTICO 
(Silvia Regina Costa Lima e Gil Gaspar)
Publicado no Recanto das Letras em 25/04/2009



Vivo, sim, eu sei, em suicídio lento,
a seguir, por lei, atalho contrário.
O idealismo retalho, voluntário -
querer morrer jovem é o meu intento.

A luz, não a vejo em nenhum momento.
Lento, me aventuro feito um corsário,
hoje que me impus um vício ordinário,
em viver o prazer no contra-vento.

No universo, ah como eu me desdobro,
nele o meu Eu voa e mergulha fundo.
e, daquilo que cobro, só eu sobro (não só eu)...

Todo trágico também será belo,
cedo partindo. Vou deixar o mundo
ditar, em sangue (nem tão radical), meu próprio libelo.