Voltei

Amigos, fiquem tranquilos não fui sequestrado, abduzido ou algo do tipo só tive outras necessidades é a vida. Quero boas festas a todos, que aproveitem bem estes momentos com os seus, enfim aquela história toda que vocês provavelmente já ouviram muito e não preciso ficar repetindo aqui.

Então vamos lá, final do ano chegando novas expectativas e uma certeza precisamos trabalhar em busca de um futuro melhor, esse último trecho explica meu sumiço estive muito envolvido com outras situações (buscando meu futuro melhor) e o hóquei ficou um pouco em segundo plano, por favor me desculpem, podemos dizer  que o blog meio que entrou de férias, mas como digo no título voltei.

Aproveitando o momento, queria desejar bons treinos e ótima preparação para a seleção masculina que vem se preparando para o desafio gigantesco diante de Cuba, será um confronto difícil e devemos aproveitar para crescer e aprender pois é mais uma oportunidade. Como não poderia ser diferente seguirei dando minha opinião, neste caso digo que não é minha seleção favorita, na minha cabeça viriam outros nomes. No entanto, sei que nem todos poderiam estar presentes  e/ou rejeitaram a convocação, fato que por si só já enfraquece nossa equipe, mas mesmo assim aos atletas boa sorte e se possível estarei em fevereiro prestigiando vocês.

Sobre a situação dos atletas que não aceitaram ou não conseguiram comparecer por N motivos, é uma questão a ser seriamente debatida. Devido a alguns pontos, do tipo: por que não aceitaram? Bom não é fácil, dizer não a seleção (digo isso por experiência própria), questões políticas sempre estão envolvidas com o esporte. E antes que digam que atleta não tem que se meter em política (isso é discurso de quem quer afastar os grupos e continuar onde está sem questionamentos), eu reforço, não só tem como deve se meter, afinal  quem move o desporto são os atletas, eles que dão fôlego para continuidade do hóquei no país.

Outro ponto que julgo fundamental é qual o critério  na convocação dos atletas? A do treinador atual já nos foi passada, que prefere trabalhar com os atletas que tem disponibilidade para vir para os períodos de treinamento, o que é válido, e bastante justficável. Mas, só peço por favor, não confunda a realidade do Brasil com da Argentina, nós atletas daqui estamos em uma distância geográfica muito maior do que na Argentina, querendo ou não isto afeta e muito o deslocamento e a disponibilidade.

Além é claro do fato do Hóquei ser muito mais conhecido no país vizinho do que aqui. O que gera situações inusitadas do tipo: um atleta pede uma liberação do trabalho para treinar com a seleção e o chefe não tem menor ideia do que se trate. Uma vez conversando sobre essa situação chefe meu, ele falou, que alguém viesse pedindo isso, ele falaria "pô, se não quer trabalhar diz logo que está doente."  Juro que ocorreu este dialogo insólito, o que mostra bem qual é a situação que alguns dos atletas atuais passam, por isso mais uma vez parabéns. E outro pedido que faço ao nosso treinador, por favor nada de discurso sobre patriotismo, honra de defender a seleção e orgulho, é claro que tudo isso está envolvido, no entanto não quer dizer que alguém que por ventura não aceitou, não seja nada disso, até porque às vezes tem mais sentido patriótico não defender a seleção do que defende-la diante de algumas situações.

Bom, como ja disse achei válido o argumento do nosso treinador, gostaria de saber qual é a opinião da CBHG, será que agora nossa diretoria aceita os desejos do treinador? Lanço essa pergunta a cúpula que está lá a 7 anos se não me engano. E porque pergunto? Questiono, devido a postura adotada por pela CBHG no período de 2006, para quem não lembra ou não sabe foi o ano da seleção permanente. A postura da CBHGoi, mesmo com um grupo de jogadores treinando o ano inteiro 6 vezes na semana, em no total de 11 turnos semanais, abriria-se espaço para jogadores experientes e melhor tecnicamente mesmo que esses só se encontrassem com o grupo as vésperas da competição.

Algo de errado nisso? Acredito que não, é uma postura legal de buscar experiência e qualidade técnica para o grupo. É como falo se é uma postura, logo é louvável, o único problema (lamentável) era passar por cima da autoridade do treinador e impor vontades particulares, problema por sinal vexatório. (Bom não é teoria da conspiração nem nada, sei porque vi de perto, logo sei muito bem de algumas coisas que aconteciam).

E agora 4 anos depois como estamos? Sem seleção permanente com grupos "isolados", cada qual treinando em seu clube e se juntando de tempos em tempos, até ai tudo bem é uma necessidade. Logo pensaremos no critério da nossa confederação, continua o mesmo. Pois, se antes tínhamos jogadores treinando o ano inteiro e privilegiamos a parte técnica e a experiência, hoje que nos juntamos menos reforçaremos essa postura, certo? Não errado, agora sabe-se lá porque a CBHG resolveu mudar, e agora respeita os treinadores, caramba que bom até que enfim, será? Não sei espero realmente que sim, juro e sem ironias. Mas, no meu caso já me considero gato escaldado.